“Já somos a maior Federação dos servidores dos tribunais de contas,” afirma Ricardo Souza, presidente licenciado da FENACONTAS

Em entrevista, Ricardo Souza, Presidente licenciado da Federação Nacional dos Sindicatos dos Servidores dos Tribunais de Contas - FENACONTAS faz um balanço do objetivo e ações da Entidade e fala da expectativa em relação ao IV Congresso que acontecerá em Recife, de 05 a 07 de novembro . Ricardo Souza, esta licenciado, desde novembro passado.

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Antes de tudo, porque foi fundada a FENACONTAS?

Durante o Congresso da FENASTC, realizado em 2011, no Rio de Janeiro, compreendemos que era necessário criar uma nova Federação por três motivos principais. O primeiro, para defender melhor a categoria, precisávamos de uma Federação que fosse reconhecida pelo Ministério do Trabalho. Isso permitiria à Federação iniciativas como ingressar com ações diretas de inconstitucionalidade em defesa da categoria. A forma da FENASTC dificulta o registro, já que ela não é uma Federação sindical. Ela é híbrida, também formada por associações. Entendemos que existem associações atuantes, e estas são bem vindas, mas, para fins jurídicos, é preciso uma estrutura exclusivamente sindical.

Quais foram os outros dois motivos?

O segundo que alguns estados criaram várias associações criando uma disparidade inaceitável: enquanto dois estados, com várias associações pequenas, tinham quase metade dos votos, muitos estados que tinham sindicatos fortes e uma categoria unida, tinham apenas um voto. Isso distorce o critério federativo. Mas, o principal motivo é que não aceitávamos o então presidente da FENASTC, pelo fato de que seu mandato, à frente do Sindicato de Santa Catarina fora cassado, na justiça, por não prestar contas à categoria. Achávamos inaceitável que justo aquela categoria que tem função de fiscalização de contas, ter um presidente que não prestava contas.

E como você vê hoje, a FENACONTAS?

O tempo provou que estávamos certos. Em apenas 4 anos, já somos a maior Federação do país. Congregamos os estados de Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Pará, Amazonas, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Dos demais estados, muitos não participam de atividades nacionais e uma minoria permaneceu na FENASTC. Mesmo licenciado desde novembro, vejo a vitalidade da FENACONTAS. Foi aprovada uma Pauta Nacional de Reivindicações, muito boa, comprometida com a categoria, e entregue à ATRICON. Acredito que foi um passo importante na defesa concreta dos servidores. Recomendo a todos que leiam a pauta. Um passo à frente que precisa ser melhorado.

Quais as expectativas para o Congresso da FENACONTAS?

Aprofundar a Pauta Nacional de Reivindicações, recebendo mais contribuições. Discutir o Controle Externo e seu controle social. Mas, outro fato importante é que haverá a eleição da nova Diretoria da FENACONTAS. Paulo Henrique, do Tocantins, presidente em exercício, é um nome de consenso para presidir de maneira definitiva a Entidade. Ele demonstrou que é competente e comprometido. Além de Paulo, tenho certeza que a nova diretoria incorporará grandes quadros dos vários estados que compõe a Federação. A todos, desde já, desejo sucesso na defesa da nossa categoria.